Amizades são muito importantes em nossa vida. Elas contribuem em nossa formação e modo de viver.
Delas, surgem os relacionamentos mais
profundos que definirão coisas importantes como com quem vamos nos casar
e que tipo de pessoas vamos ser. As amizades são desenvolvidas primeiro
em família e depois na convivência da igreja, escola, vizinhança, etc.
Mas, nem todos os nossos conhecidos
serão nossos colegas ou companheiros. Da mesma forma, nem todos os
companheiros (de classe, trabalho, etc) serão nossos amigos de fato.
Muitas vezes, aqueles que consideramos amigos são apenas companheiros ou
colegas e muitas vezes maus companheiros. A Bíblia nos dá muitas
orientações a respeito de amizades. Ela fala da importância dos bons
amigos e nos avisa sobre os perigos das más companhias através de várias
exortações e ricos exemplos.
Nesse sentido, amizade é um assunto de
grande importância. Somos exortados por Deus, através da Bíblia, a ter
sérios e bons cuidados com relação à escolha de nossos amigos, pois eles
têm muita influência em nossas vidas. “O que anda com os sábios ficará
sábio, mas o companheiro dos tolos será destruído” (Pv 13.20).
Na verdade, a partir do momento em que
escolhemos nossas amizades, não são apenas pessoas que estamos
escolhendo, mas o rumo que nossas vidas terão. Ao escolhermos a amizade
de pessoas que praticam coisas contrárias a Deus, estamos escolhendo o
mundo e rejeitando a Ele. “Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a
amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser
ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus” (Tg 4.4).
Então: CUIDADO COM AS AMIZADES! A escolha de bons amigos nos ajudará em muitos aspectos, especialmente em termos espirituais.
É muito fácil fazer uma má escolha.
Pessoas que não amam a Deus e não respeitam a Sua Palavra
costumeiramente nos oferecem sua amizade e, muitas vezes, parecem
atrativas a nós. É certo que, se já somos crentes em Cristo, podemos e
até devemos nos relacionar com tais pessoas a fim de influenciá-las pela
nossa fé e exemplo de uma vida reta. Jesus mesmo fez questão de ter
contato com pecadores, levando a eles palavras de salvação (Lc 15.1; Mt
9.10-13). Porém, há grande perigo quando nos relacionamos com tais
pessoas e nos envolvemos com elas sem estarmos firmados em uma fé
verdadeira. Nesses casos, em lugar de conduzi-los a Cristo, acabamos
permitindo que as suas más influências nos corrompam.
“Não vos enganeis: as más conversações
corrompem os bons costumes” (I Co 15.33). Algumas pessoas querem nos
afastar de Deus e nos induzir a pecar contra Ele. Devemos ter cuidado,
pois isso pode ocorrer até mesmo dentro da igreja, causando intrigas ou
mesmo desvios de fé e conduta (heresias). Veja a orientação bíblica da
parte de Deus sobre as escolhas de amizades: “Quando te incitar teu
irmão, filho da tua mãe, ou teu filho, ou tua filha, ou a mulher do teu
seio, ou teu amigo, que te é como a tua alma, dizendo-te em segredo:
Vamos, e sirvamos a outros deuses que não conheceste, nem tu nem teus
pais; dentre os deuses dos povos que estão em redor de vós, perto ou
longe de ti, desde uma extremidade da terra até à outra extremidade; não
consentirás com ele, nem o ouvirás; nem o teu olho o poupará, nem terás
piedade dele, nem o esconderás”. (Dt 13.6-8).
Por não atentarem ao que diz a Palavra
de Deus, infelizmente vemos até mesmo muitos filhos dos crentes caindo
em grande tragédia espiritual, sendo levados ao uso ou até ao tráfico de
drogas e à prática de outros crimes pela influência de "amigos". Veja a
orientação bíblica da parte de Deus sobre esta questão: “Filho meu, se
os pecadores querem seduzir-te, não o consintas. Se disserem: Vem
conosco, embosquemo-nos para derramar sangue, espreitemos, ainda que sem
motivo, os inocentes; traguemo-los vivos, como o abismo, e inteiros,
como os que descem à cova; acharemos toda sorte de bens preciosos,
encheremos de despojos a nossa casa; lança a tua sorte entre nós;
teremos uma só bolsa. Filho meu, não te ponhas a caminho com eles;
guarda das suas veredas os pés; porque os seus pés correm para o mal e
se apressam a derramar sangue”. (Pv 1.10-16).
Devemos ter cuidado com aquelas
companhias que gostam de confusão e que buscam a violência. Eles são
perigosos até a si mesmos. Vejamos o que nos diz a Bíblia acerca
disso: “Não sejas companheiro do homem briguento nem andes com o
colérico”. (Pv 22.24).
Algumas amizades precisam ser totalmente
evitadas. Devemos, enquanto é tempo, nos afastar daqueles falsos
amigos, que querem nos incitar para desviar do Senhor e praticar o
pecado. Pois observe o que nos orienta a Palavra de
Deus: “Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos
ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda
dos escarnecedores” (Sl 1.1).
“Não porei coisa má diante dos meus
olhos. Odeio a obra daqueles que se desviam; não se me pegará a mim” (Sl
101.3). Há outro tipo de falsos amigos que nos fazem mal, que são
aqueles atraídos por interesses. Podemos reconhecer esses “amigos” por
observar que o que eles querem é somente usufruir daquilo que podemos
lhes oferecer, seja material ou algum outro tipo de favor. Precisamos
ser sábios para enxergar em tempo que estes não são realmente nossos
amigos. Pessoas que só estão à espera do que nós temos a lhe oferecer
não são amigas em sentido algum. Um exemplo bíblico disso é o da
parábola do filho pródigo. Lemos que ele tinha “amigos” ao seu lado
enquanto desfrutava da sua herança e ficou em abandono total após o
dinheiro acabar. Uma verdadeira amizade não é propriamente estabelecida
no interesse em “dar e receber”, embora esse “dar e receber” seja
necessário a ela como vamos ver adiante. Por exemplo, vejamos um texto
bíblico que nos aponta sobre esta questão: “As riquezas granjeiam muitos
amigos, mas ao pobre, o seu próprio amigo o deixa” (Pv 19.4).
Devemos tomar cuidado, também, com
aqueles que não mostram lealdade a outras pessoas como colegas e
familiares. Se agem assim com eles, muito provavelmente agirão conosco
também. “O que rouba a seu próprio pai, ou a sua mãe, e diz: Não é
transgressão, companheiro é do homem destruidor” (Pv 28.24). Sempre
corremos o risco de que nossa amizade e fidelidade dedicadas a alguém,
não sejam correspondidas. Jesus mesmo sofreu a traição (embora ele já o
soubesse desde sempre). Davi também teve “amigos” que foram falsos com
ele e o traíram depois (Sl 35.11-16). Por que haveria de ser diferente
conosco?
“Até o meu próprio amigo íntimo, em quem
eu tanto confiava, que comia do meu pão, levantou contra mim o seu
calcanhar” (Sl 41.9). Alguns dos amigos mais perigosos são aqueles que
sempre concordam conosco, apoiando-nos mesmo nas coisas erradas. Por
concordarem e apoiarem nossas ideias e atitudes, eles parecem “bons
amigos”, mas poderemos observar que isso não é verdade. Cuidado com as
escolhas de amizades!
“Melhor é ouvir a repreensão do sábio,
do que ouvir alguém a canção do tolo” (Ec 7.5). O amigo verdadeiro está
pronto tanto para nos dar apoio e palavras de aprovação amorosa quanto
para nos repreender e corrigir com palavras francas. A pessoa sábia
procura ter amigos com coragem e convicção para repreendê-la quando for
necessário. Por outro lado, o insensato evita pessoas que a corrijam e
critiquem, procurando aprovação em tudo que faz. É claro que ninguém
gosta de ser corrigido, mas todos nós precisamos de amigos que nos amem
tanto a ponto de ter a coragem de apontar e nos ajudar com nossos erros.
“Melhor é a repreensão franca do que o
amor encoberto. Leais são as feridas feitas pelo amigo, mas os beijos do
inimigo são enganosos. O óleo e o perfume alegram o coração; assim o
faz a doçura do amigo pelo conselho cordial” (Pv 27.5, 6 e 9).
Dessa forma, devemos fazer um firme
propósito como o de Davi, de buscar cercar-nos de pessoas tementes a
Deus. “Companheiro sou de todos os que te temem e dos que guardam os
teus preceitos” (Sl 119.63). Uma vez que escolhemos TER bons amigos,
devemos buscar SER bons amigos também! As Escrituras nos aconselham
sobre as responsabilidades de companheiros fiéis. Amigos contam com a
presença uns dos outros: “Como o ferro com ferro se aguça, assim o
homem afia o rosto do seu amigo” (Pv 27.17). “Mais vale o vizinho perto
do que o irmão longe” (Pv 27.10). As orientações bíblicas são valiosas
para nos guiar em fazer e manter boas amizades.
Pb. Júlio César - IEADPE
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