Meditação

“Ainda antes que houvesse dia, EU SOUIsaías 43:13

terça-feira, 5 de maio de 2015

Como escolher bem suas amizades?





Amizades são muito importantes em nossa vida. Elas contribuem grandemente em nossa formação e modo de vida.
Delas surgem os relacionamentos mais profundos que definirão coisas importantes como com quem vamos nos casar e que tipo de pessoas vamos ser. As amizades são desenvolvidas primeiro em família e depois na convivência da igreja, escola, vizinhança, etc. Mas nem todos os nossos conhecidos serão nossos colegas ou companheiros. Da mesma forma, nem todos os companheiros (de classe, trabalho, etc.) serão nossos amigos de fato. Muitas vezes, aqueles que consideramos amigos são apenas companheiros ou colegas e muitas vezes maus companheiros.
A Bíblia nos dá muitas orientações a respeito de amizades. Ela fala da importância dos bons amigos e nos avisa sobre os perigos das más companhias através de várias exortações e ricos exemplos. Somos exortados por Deus, através da Bíblia, a ter sérios e bons cuidados com relação à escolha de nossos amigos, pois eles têm muita influência em nossas vidas, pois nos afirma Pv 13.20: “O que anda com os sábios ficará sábio, mas o companheiro dos tolos será destruído”.
Na verdade, a partir do momento em que escolhemos nossas amizades, não são apenas pessoas que estamos escolhendo, mas o rumo que nossas vidas terão. Ao escolhermos a amizade de pessoas que praticam coisas contrárias a Deus, estamos escolhendo o mundo e rejeitando a Ele. Sobre isto, vejamos o que nos afirma Tg 4.4: “Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus”.
Então: CUIDADO COM AS AMIZADES - A escolha de bons amigos nos ajudará em muitos aspectos, especialmente em termos espirituais.
É muito fácil fazer uma má escolha. Pessoas que não amam a Deus e não respeitam a Sua Palavra costumeiramente nos oferecem sua amizade e, muitas vezes, parecem atrativas a nós. É certo que, se já somos crentes em Cristo, podemos e até devemos nos relacionar com tais pessoas a fim de influenciá-las pela nossa fé e exemplo de uma vida reta. Jesus mesmo fez questão de ter contato com pecadores, levando a eles palavras de salvação (Lc 15.1; Mt 9.10-13). Porém, há grande perigo quando nos relacionamos com tais pessoas e nos envolvemos com elas sem estarmos firmados em uma fé verdadeira. Nesses casos, em lugar de conduzi-los a Cristo, acabamos permitindo que as suas más influências nos corrompam. É por isso que a Bíblia afirma:
“Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes (I Co 15.33).
“Quando te incitar teu irmão, filho da tua mãe, ou teu filho, ou tua filha, ou a mulher do teu seio, ou teu amigo, que te é como a tua alma, dizendo-te em segredo: Vamos, e sirvamos a outros deuses que não conheceste, nem tu nem teus pais; dentre os deuses dos povos que estão em redor de vós, perto ou longe de ti, desde uma extremidade da terra até à outra extremidade; não consentirás com ele, nem o ouvirás; nem o teu olho o poupará, nem terás piedade dele, nem o esconderás” (Dt 13.6-8).
Por não atentarem ao que diz a Palavra de Deus, infelizmente, vemos até mesmo muitos filhos dos crentes caindo em grande tragédia espiritual, sendo levados ao uso ou até ao tráfico de drogas e à prática de outros crimes pela influência de "amigos". Veja a orientação bíblica da parte de Deus sobre esta questão:
“Filho meu, se os pecadores querem seduzir-te, não o consintas. Se disserem: Vem conosco, embosquemo-nos para derramar sangue, espreitemos, ainda que sem motivo, os inocentes; traguemo-los vivos, como o abismo, e inteiros, como os que descem à cova; acharemos toda sorte de bens preciosos, encheremos de despojos a nossa casa; lança a tua sorte entre nós; teremos uma só bolsa. Filho meu, não te ponhas a caminho com eles; guarda das suas veredas os pés; porque os seus pés correm para o mal e se apressam a derramar sangue” (Pv 1.1:10-16).
Devemos ter cuidado com aquelas companhias que gostam de confusão e que buscam a violência. Eles são perigosos até a si mesmos. Vejamos o que nos diz a Bíblia acerca disso:
“Não sejas companheiro do homem briguento nem andes com o colérico” (Pv 22.24).
Algumas amizades precisam ser totalmente evitadas. Devemos, enquanto é tempo, nos afastar daqueles falsos amigos, que querem nos incitar para desviar do Senhor e praticar o pecado. Pois observe o que nos orienta a Palavra de Deus:
“Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores” (Sl 1.1).
“Não porei coisa má diante dos meus olhos. Odeio a obra daqueles que se desviam; não se me pegará a mim”(Sl 101.3).
Há outro tipo de falsos amigos que nos fazem mal, que são aqueles atraídos por interesses. Podemos reconhecer esses “amigos” por observar que o que eles querem é somente usufruir daquilo que podemos lhes oferecer, seja material ou algum outro tipo de favor. Precisamos ser sábios para enxergar em tempo que estes não são realmente nossos amigos. Pessoas que só estão à espera do que nós temos a lhe oferecer não são amigas em sentido algum. Um exemplo bíblico disso é o da parábola do filho pródigo. Lemos que ele tinha “amigos” ao seu lado enquanto desfrutava da sua herança e ficou em abandono total após o dinheiro acabar. Uma verdadeira amizade não é propriamente estabelecida no interesse em “dar e receber”, embora esse “dar e receber” seja necessário a ela como vamos ver adiante. Por exemplo, vejamos um texto bíblico que nos aponta sobre esta questão: “As riquezas granjeiam muitos amigos, mas ao pobre, o seu próprio amigo o deixa” (Pv 19.4).
Devemos tomar cuidado, também, com aqueles que não mostram lealdade a outras pessoas como colegas e familiares. Se agem assim com eles, muito provavelmente agirão conosco também. Pois: “O que rouba a seu próprio pai, ou a sua mãe, e diz: Não é transgressão, companheiro é do homem destruidor” (Pv 28.24).
Sempre corremos o risco de que nossa amizade e fidelidade dedicadas a alguém, não sejam correspondidas. Jesus mesmo sofreu a traição (embora ele já o soubesse desde sempre). Davi também teve “amigos” que foram falsos com ele e o traíram depois (Sl 35.11-16). Por que haveria de ser diferente conosco?
“Até o meu próprio amigo íntimo, em quem eu tanto confiava, que comia do meu pão, levantou contra mim o seu calcanhar” (Sl 41.9).
Alguns dos amigos mais perigosos são aqueles que sempre concordam conosco, apoiando-nos mesmo nas coisas erradas. Por concordarem e apoiarem nossas ideias e atitudes, eles parecem “bons amigos”, mas poderemos observar que isso não é verdade. Cuidado com as escolhas de amizades: “Melhor é ouvir a repreensão do sábio, do que ouvir alguém a canção do tolo” (Ec 7.5).
O amigo verdadeiro está pronto tanto para nos dar apoio e palavras de aprovação amorosa quanto para nos repreender e corrigir com palavras francas. A pessoa sábia procura ter amigos com coragem e convicção para repreendê-la quando for necessário. Por outro lado, o insensato evita pessoas que a corrijam e critiquem, procurando aprovação em tudo que faz. É claro que ninguém gosta de ser corrigido, mas todos nós precisamos de amigos que nos amem tanto a ponto de ter a coragem de apontar e nos ajudar com nossos erros.
Melhor é a repreensão franca do que o amor encoberto. Leais são as feridas feitas pelo amigo, mas os beijos do inimigo são enganosos. O óleo e o perfume alegram o coração; assim o faz a doçura do amigo pelo conselho cordial (Pv 27.5, 6 e 9).
Dessa forma, devemos fazer um firme propósito como o de Davi, de buscar cercar-nos de pessoas tementes a Deus. “Companheiro sou de todos os que te temem e dos que guardam os teus preceitos” (Sl 119.63).
Uma vez que escolhemos TER bons amigos, devemos buscar SER bons amigos também! As Escrituras nos aconselham sobre as responsabilidades de companheiros fiéis. Amigos contam com a presença uns dos outros: 
“Mais vale o vizinho perto do que o irmão longe. Como o ferro com ferro se aguça, assim o homem afia o rosto do seu amigo” (Pv 27.10 e 17). As orientações bíblicas são valiosas para nos guiar em fazer e manter boas amizades.
Pb. Julio Cesar de Santana Gonçalves - IEADPE

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